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Parte3: SÍRIA, ENTRE A TIRANIA E O TERRORISMO

  • Foto do escritor: Maura Palumbo
    Maura Palumbo
  • 12 de abr.
  • 2 min de leitura

Homem muculmano e mulher de hijab, respectivamente representando xiitas e sunitas
Homem muculmano e mulher de hijab, respectivamente representando xiitas e sunitas

A guerra na Síria atiçou, especialmente, a rivalidade entre xiitas e sunitas.  Assim como os cristãos no ocidente estão divididos entre católicos e protestantes, os dois principais ramos da religião muçulmana ou islâmica são os sunitas e os xiitas, que se enfrentam por divergências políticas e religiosas. Há 90% de muçulmanos sunitas e 10% de xiitas, espalhados pelo mundo.


Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”. 


De 2011 a 2023, mais de 14 milhões de pessoas foram deslocadas à força dentro e fora do país. De 2011 a 2025, mais de 500 mil pessoas morreram.



Líder do HTS, Ahmed al-Shar’a
Líder do HTS, Ahmed al-Shar’a

O grupo radical HTS (Assembleia para a Libertação do Levante) é considerado uma das facções militares mais poderosas e destemidas dentro da oposição síria.


Designado como um grupo terrorista pelos governos dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Rússia, União Europeia e alguns outros países, promoveu uma ofensiva, em dezembro de 2024, resultando na queda do presidente Bashar al-Assad.


Em 29 de janeiro de 2025, Ahmed al-Shar’a, líder do HTS, foi formalmente nomeado presidente interino pelo governo de transição. 




Enquanto muitos no país comemoram o fim da era al-Assad, o futuro do país continua obscuro, com vários grupos rebeldes, divergindo em ideologias e controlando diferentes partes do país.


Mas, será que o HTS tem capacidade de estabelecer uma força de coligação e pacificar o território sírio fragmentado?


As declarações do novo líder foram focadas em temas como reconciliação, estabilidade e reconstrução. Comprometeu-se a proteger o direito das mulheres e das minorias religiosas e garantir a preservação da paz civil e da integridade territorial da Síria.


Adotou uma linguagem conciliatória ao se dirigir a adversários tradicionais, incluindo Israel, Estados Unidos, Irã e Rússia, talvez, na intenção da retirada do HTS e de seu próprio nome, das listas internacionais de terroristas.



Massacre na Síria, deixa milhares de civis mortos.
Massacre na Síria, deixa milhares de civis mortos.

Três meses depois da posse do presidente interino da Síria, mais de mil pessoas, incluindo mulheres e crianças, da minoria muçulmana alauíta, ligada ao ditador Bashar al-Assad, foram massacradas e mortas, nos primeiros dias de março de 2025, pelas forças de segurança e grupos ligados ao novo governo. Há relatos de execuções sumárias de famílias inteiras em alguns vilarejos. 


Testemunhas afirmam que cristãos também foram vítimas. Muitos desses grupos rebeldes são compostos por extremistas islâmicos, que proíbem expressões públicas da fé cristã. Foram destruídos mosteiros e igrejas.


Os fatos estão longe das promessas de respeito aos direitos e das liberdades individuais das minorias.


O terror é implacável!

 
 
 

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